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Do resolver problemas à realização de sonhos

Desde o início dos anos 2000, quando comecei a atender clientes no McSill Story Studio, observei uma transformação significativa na comunicação corporativa e no uso do storytelling. Naquela época, as empresas focavam na pergunta: "Qual é o nosso negócio?", com uma visão clara e restrita ao propósito funcional. Com o tempo, o storytelling ganhou importância, alterando essa dinâmica.

Inicialmente, os atendimentos eram realizados via MSN e e-mail. Com o avanço tecnológico, migramos para plataformas como Skype, Zoom e, mais recentemente, incorporamos a inteligência artificial, aprimorando nossa capacidade de entender e adaptar histórias em tempo real. Além da tecnologia, as questões fundamentais também evoluíram. Nos primeiros anos, os clientes concentravam-se em seus produtos ou serviços de forma isolada. Quando sugeríamos expandir o escopo de uma marca — por exemplo, uma seguradora de saúde que também oferecesse serviços de bem-estar — a resposta frequentemente era: "Isso faz parte do nosso negócio?". A visão era limitada ao próprio nicho.

Entre 2009 e 2016, esse cenário começou a mudar. A pergunta evoluiu para: "Qual problema estamos resolvendo?". Isso abriu portas para projetos e parcerias inéditas. Por exemplo, trabalhamos com o Snowland em Gramado, que, além de ser um parque de neve indoor, passou a abraçar uma narrativa mais humana, explorando histórias de superação de visitantes e colaboradores. Essa abordagem criou uma conexão emocional com o público, resultando em maior retenção de clientes e satisfação com a experiência.

Outro caso foi o do Instituto INE e Facibe em Belo Horizonte. Originalmente focado na exclusividade de seus cursos, o instituto percebeu que os alunos buscavam mais do que um certificado; queriam valores. Reformulamos sua narrativa para destacar sustentabilidade, legado e longevidade, baseando-nos em histórias de ex-alunos e na origem dos materiais didáticos. Isso atraiu um público mais consciente, elevando a percepção do instituto como um símbolo de valores duradouros.

Recentemente, com o apoio da IA, surgiram novas possibilidades. Em 2023, a pergunta que já guiava os clientes desde 2020 ampliou-se para: "Quais sonhos estamos realizando para nossos clientes?". Essa abordagem transformou a narrativa de muitas empresas. A Revista Deco Proteste, em Portugal, por exemplo, deixou de ser apenas uma publicação de defesa do consumidor e passou a se ver como uma experiência de leitura sobre produtos e serviços, conectando-se aos clientes de forma mais ampla e emocional.

O storytelling também ajudou a redefinir a identidade do Write in Atlanta, nos EUA, que enfrentava concorrência acirrada. Em vez de apenas vender café, introduzimos o conceito de "terceiro lugar" — um espaço entre casa e trabalho onde as pessoas podem se conectar e relaxar. Integrando histórias de clientes e baristas, transformamos as cafeterias em refúgios, elevando o valor da marca e fidelizando consumidores.

Outro exemplo recente foi o do projeto Genoma com celebridades da TV e cinema. Em um mercado saturado, a narrativa do "companheiro de jornada" — em que o aplicativo se adapta às necessidades emocionais do usuário — criou uma conexão mais profunda com o público. Testemunhos de usuários reais ajudaram a posicionar o aplicativo como uma ferramenta de suporte contínuo, não apenas um software funcional. Essa abordagem gerou fidelidade e abriu portas para parcerias com instituições de saúde.

Trabalhar com storytelling também nos levou a consultorias de sustentabilidade, como no caso de uma grande empresa de energia. Com a pressão crescente para adotar práticas mais verdes, ajudamos a companhia a reformular sua narrativa, abordando o compromisso com o meio ambiente e a transição para energias renováveis. Em vez de se esquivar do passado, a empresa passou a contar uma jornada de evolução, destacando projetos que impactaram positivamente as comunidades. Essa abordagem revitalizou sua imagem pública e possibilitou campanhas globais que reforçaram o compromisso real com a sustentabilidade.

Na educação, auxiliamos uma escola online de cursos técnicos a aumentar a retenção de alunos ao trazer histórias de transformação de vida para sua narrativa. Ao compartilhar casos de alunos que conseguiram mudar de carreira e melhorar suas vidas, a escola atraiu e engajou alunos adultos em busca de uma nova direção. Esse foco em storytelling humanizou o processo educacional e posicionou a escola como uma força de mudança, elevando as taxas de adesão e conclusão dos cursos.

Esses exemplos ilustram como o storytelling no McSill Story Studio evoluiu e se transformou em uma abordagem profundamente emocional e personalizada ao longo dos anos. A trajetória de crescimento não foi simples: cada etapa demandou um alinhamento cuidadoso entre inovação, adaptação às necessidades do cliente e um profundo entendimento das mudanças culturais e tecnológicas. No início, a pergunta “Qual é o nosso negócio?” ainda refletia uma visão restrita e operacional. À medida que fomos expandindo o estúdio e nos aprofundando na compreensão das aspirações do público, essa questão se transformou em algo muito mais abrangente e inspirador: “Quais sonhos estamos realizando?”.

Um marco importante nessa evolução foi o lançamento da McSill Media em Portugal e da McSill Media Japan. Iniciar essas operações exigiu um esforço monumental de adaptação às culturas locais, onde tivemos que entender as nuances específicas do público e dos mercados em cada região. Em Portugal, a McSill Media precisou explorar a forte ligação emocional do público com tradições e identidades locais, e nossa abordagem foi reformulada para incluir narrativas mais conectadas às raízes culturais, enfatizando a importância de preservação e inovação cultural ao mesmo tempo. Já no Japão, os desafios foram igualmente intensos. O mercado japonês valoriza a sutileza e a profundidade emocional, mas exige uma abordagem delicada para estabelecer conexões duradouras com o público. Aqui, nos dedicamos a estruturar narrativas que pudessem ressoar com os valores de respeito, disciplina e tradição, oferecendo conteúdos que se alinham ao equilíbrio entre inovação e respeito pelas raízes.

A chegada da inteligência artificial foi o que nos possibilitou dar um passo ainda maior. Com essa tecnologia, conseguimos personalizar cada aspecto da narrativa de forma quase individual, algo que seria impensável nos primeiros dias. As histórias passaram a ser moldadas com base nos dados e nas preferências emocionais do público, permitindo-nos conectar de maneira autêntica e precisa. No entanto, a adoção dessa nova tecnologia trouxe seus próprios desafios. Desde a adaptação das equipes a essa nova forma de trabalhar, até a garantia de que a tecnologia não diluiria a essência humana das histórias, o processo foi meticuloso. Havia uma linha tênue entre integrar a IA e manter a autenticidade emocional. Conseguir esse equilíbrio foi um aprendizado constante, mas cada ajuste nos trouxe para mais perto de uma conexão genuína com o público.

Ao longo do tempo, enfrentamos diversas decisões cruciais: parar, simplificar, inovar? Escolhemos inovar. No McSill Story Studio, não havia opção de parar — o risco de estagnação era o de "tombar", de deixar de ser relevante em um mundo em rápida mudança. Esse espírito de progresso contínuo foi essencial para manter o estúdio sempre à frente, tanto no mercado global quanto em um nível pessoal com cada cliente. Estávamos comprometidos em não apenas contar histórias, mas em transformá-las em ferramentas de mudança cultural e impacto emocional.

Hoje, somos uma verdadeira fábrica de sonhos. A McSill Story Studio se tornou um ponto de encontro para aqueles que querem transformar ideias em histórias, histórias em impacto e impacto em legado. Nossa pergunta agora é: "Quais sonhos de nossos clientes podemos realizar?".

Quando olhamos para a magistrada portuguesa Maria Luís, que está lançando seu primeiro livro, vemos mais do que um projeto editorial; vemos o sonho de compartilhar ideias, inspirar e tocar leitores. Cada palavra, cada página carrega a promessa de uma nova conexão, de uma contribuição para o mundo das letras e do direito. É um sonho que nos sentimos honrados em realizar.

E então temos a Márcia Luz, que fez sua estreia em Portugal. Sua jornada de vida e carreira se entrelaça com o desejo de deixar uma marca em novos territórios, de expandir horizontes e alcançar corações de uma cultura tão rica quanto a portuguesa. Com ela, transformamos histórias em pontes que atravessam oceanos.

A UniExcellence-Japan, que realizou eventos tanto no Brasil quanto em Portugal, representa o desejo de união e troca cultural entre continentes. Nos bastidores, trabalhamos para que cada evento ressoe como uma experiência inesquecível, onde a educação, o networking e as novas ideias se encontram. Esses eventos conectam pessoas e abrem portas, cumprindo o sonho de uma comunidade verdadeiramente global.

A McSill Media Portugal e a editora DVS-Portugal também crescem, expandindo sua atuação para a Espanha e levando as narrativas profundas e culturalmente relevantes para ainda mais pessoas. Esse é o sonho de levar adiante nossa missão, de contar histórias que ressoem em toda a península Ibérica, abrindo novos caminhos e fronteiras.

O IBE.McSill, com seu marco de 300 mil alunos atendidos, simboliza a realização de um sonho grandioso: educar, inspirar e preparar uma nova geração. É o sonho de cada aluno que quer evoluir, crescer, transformar a própria realidade. Cada aluno atendido é um marco para nós, uma reafirmação do nosso compromisso em criar valor e oferecer conteúdo de qualidade.

Ao final, tudo se resume à pergunta: "Quais sonhos dos clientes podemos realizar hoje?". Seja uma obra literária, uma expansão internacional ou um evento memorável, estamos aqui para que cada cliente viva sua própria jornada de realização e significado. Afinal, somos e continuamos a ser uma fábrica de sonhos.

 

JAMES MCSILL 11 de novembro de 2024
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