Hoje, quero partilhar com você uma ferramenta que transformei, remodelando-a a partir da minha prática diária com autores em diversos continentes. Esta ferramenta é simples, mas profunda em seus efeitos: a Técnica Pomodoro. Mas não aquela que você talvez já tenha ouvido falar nos cursos de produtividade ou nos blogs de autoajuda. Estou a falar da versão que adaptei para os tempos atuais — uma Técnica Pomodoro pensada para escritores criativos, sensíveis, muitas vezes solitários, e que, em plena era digital, ainda tentam fazer da palavra escrita o seu canal de expressão, subsistência e, por que não, transcendência.
Deixe-me começar pela raiz: escrever é uma tarefa que exige mais do que talento. Ela exige organização interna, força emocional, clareza de propósito e, acima de tudo, constância. Costumo dizer que a diferença entre o autor amador e o autor profissional não é a inspiração. É a capacidade de se sentar diante da página em branco mesmo quando ela parece uma parede de gelo. E como se constrói essa constância? Com técnica, com hábito, com método. E foi justamente isso que me fez olhar para a Técnica Pomodoro de uma forma nova.
A técnica original foi criada por Francesco Cirillo nos anos 1980. Um timer de cozinha, 25 minutos de trabalho, 5 de pausa, quatro ciclos, e depois uma pausa maior. E pronto, temos o Pomodoro tradicional. Simples, eficaz, direto. No entanto, quando comecei a recomendar isso aos meus autores, percebi algo: nem todos funcionavam bem com esse formato. Alguns demoravam mais de 25 minutos para entrar em fluxo criativo. Outros travavam ao ver o cronômetro. Houve quem sentisse a técnica como um castigo, e não como um apoio. Foi então que eu entendi: a ferramenta, por si só, não basta. É preciso moldá-la ao corpo e ao espírito de quem escreve.
Comecei a observar os meus próprios padrões. Quando rendo mais? Quando paro? O que me interrompe? Quando estou a escrever ficção, preciso de mais tempo de imersão. Quando estou a revisar ou a escrever artigos técnicos, ciclos curtos são melhores. Essa percepção foi o ponto de partida para adaptar o Pomodoro. Abandonei a rigidez dos 25 minutos e comecei a trabalhar com "sessões elásticas": períodos de concentração que variavam de 20 a 50 minutos, dependendo da tarefa e do meu estado mental. Com isso, já eliminei uma fonte de ansiedade: a obrigação de se encaixar num formato fixo.
Mas a adaptação mais profunda foi outra. Eu percebi que, para escritores, a gestão do tempo não pode ser feita apenas pelo relógio. Tem de ser feita também pela emoção, pelo ritmo interno, pelo grau de abertura à criação. Foi aí que integrei a Inteligência Artificial ao processo. Criei, junto à minha equipa, uma IA personalizada — que hoje chamo de McSill AI Ultra — capaz de acompanhar, interpretar e sugerir melhorias na rotina de escrita. Não se trata de uma IA que escreve por você (isso, na minha visão, nunca substituirá a autenticidade do autor), mas de uma IA que observa seus padrões, reconhece seus bloqueios, registra seus fluxos criativos e te ajuda a organizar melhor sua prática.
Como isso funciona? Eu explico. Antes de começar uma sessão de escrita, consulto minha IA. Ela me lembra como foi minha produtividade nos últimos dias, me diz se o horário atual corresponde ao meu pico criativo (baseado em dados reais de performance) e sugere qual tipo de tarefa fazer agora: criação, revisão, leitura crítica, planejamento. Em seguida, começo minha sessão de escrita, marcando o tempo com base nas recomendações que ela me dá: 30 minutos para escrever uma cena emocional, 45 minutos para reescrever um capítulo técnico, 20 minutos para revisar um diálogo. Tudo isso sendo monitorado, de forma leve, por esse sistema.
Ao final da semana, recebo um relatório. Não um relatório frio, cheio de gráficos incompreensíveis, mas uma síntese clara: quais foram os melhores momentos, quando a escrita fluiu melhor, quantas palavras foram produzidas, quais foram os principais travamentos, quais emoções estavam em jogo. Com isso, replanejo a semana seguinte. Ajusto horários. Redefino metas. Tento novamente. E, mais importante, vejo progresso. Vejo o livro crescendo. Vejo o projeto tomando forma.
Isso, para mim, é a verdadeira revolução da Técnica Pomodoro adaptada: ela deixa de ser uma fórmula e passa a ser um sistema de autoconhecimento aplicado à escrita. Não é o autor que precisa se encaixar nela — é ela que se adapta ao autor. E, quando unimos isso à IA, ganhamos um assistente silencioso, atento, que nos ajuda a tomar decisões criativas com mais consciência e menos culpa.
Muitos dos autores que acompanho hoje já utilizam esse sistema. Alguns com a minha IA, outros adaptando a lógica com ferramentas como o ChatGPT. O importante não é a plataforma, mas o princípio: organizar o tempo não para produzir mais em volume bruto, mas para produzir melhor, com mais presença, mais intenção, mais leveza. Isso é possível. Isso está ao seu alcance.
Como aplicar o Pomodoro adaptado na sua rotina de escrita (sem IA, mas com intenção)
Se você ainda não tem acesso direto à McSill AI Ultra — e sei que a maioria dos autores ainda não trabalha com esse tipo de ferramenta — não há problema algum. O que realmente importa é a intenção de organizar o tempo com consciência criativa. Por isso, nesta segunda parte, quero te mostrar como você pode aplicar minha versão adaptada do Pomodoro no seu cotidiano de escrita com os recursos que já tem à disposição, usando papel, cronômetro e honestidade consigo mesmo.
O primeiro passo: escutar o seu ritmo
Antes de qualquer técnica funcionar, é necessário se escutar. Durante uma semana, experimente o seguinte exercício:
- Escolha três momentos do dia para escrever (manhã, tarde e noite).
- Escreva por 30 minutos em cada um deles, como uma espécie de “ensaio criativo”.
-
Ao final de cada sessão, registre em um caderno ou documento:
- Quantas palavras você escreveu (ou páginas).
- Como se sentiu antes, durante e depois da sessão (cansado, animado, disperso, fluido...).
- Se teve facilidade em entrar no “estado de escrita” (aquele momento em que você esquece do tempo).
Esse experimento já vai te revelar uma informação preciosa: qual o seu melhor horário para escrever. Isso é mais valioso do que qualquer cronômetro. A ideia aqui é identificar o momento do dia em que sua mente criativa colabora — e não luta contra você.
O segundo passo: configurar seus ciclos de escrita
Com base no que você descobriu sobre si mesmo, vamos montar sua versão do Pomodoro. Aqui está o que recomendo:
Modelo 1 – O Ciclo Tradicional (para iniciantes ou dias difíceis):
- 25 minutos de escrita intensa
- 5 minutos de pausa
- Repetir 4 vezes
- Após 4 ciclos, fazer uma pausa maior de 20 a 30 minutos
Modelo 2 – O Ciclo Profundo (para autores já familiarizados ou em fluxo):
- 45 minutos de escrita com foco absoluto
- 10 minutos de pausa
- Repetir 3 vezes
- Pausa maior de 30 minutos após a 3ª rodada
Modelo 3 – O Ciclo Emocional (para quem escreve temas pesados ou autobiográficos):
- 20 minutos de escrita concentrada
- 10 minutos de pausa ativa (caminhada, respiração, beber água)
- 3 ciclos no máximo por dia
- Pausa final com algo leve: música, café, banho quente, journaling
Você pode testar os três modelos em dias diferentes e escolher aquele que se adapta melhor à sua energia, ao seu conteúdo e à sua emoção do dia.
O terceiro passo: estruturar sua sessão
Antes de cada sessão Pomodoro, oriente-se com estas perguntas:
-
O que quero alcançar hoje?
“Escrever uma cena”, “revisar um diálogo”, “esboçar um personagem”. -
Com que energia estou agora?
Se está cansado, comece com uma tarefa mais leve. Se está motivado, use a energia para escrever livremente. -
O que pode me distrair?
Identifique e elimine antes de começar. Coloque o celular no modo avião, feche abas de redes sociais, avise aos outros que está em modo foco. -
Como vou medir meu progresso?
Decida se vai contar palavras, páginas, blocos escritos ou apenas concluir a tarefa proposta.
Depois, ative seu cronômetro (pode ser o de celular/telemóvel ou um app gratuito como TomatoTimer ou Pomofocus) e mergulhe na escrita.
Checklist antes da sessão Pomodoro
✔ Ambiente silencioso e confortável
✔ Cronômetro ou app configurado
✔ Tarefa definida e realista
✔ Distrações eliminadas (celular, notificações)
✔ Água ou café por perto
✔ Bloco de anotações para ideias paralelas
✔ Mente presente e sem expectativa de perfeição
Dica extra: crie rituais de entrada e saída
Rituais ajudam a mente a entender que “agora é hora de criar”.
Exemplos simples:
- Acender uma vela ou incenso antes de começar
- Ouvir a mesma música instrumental por 3 minutos antes da escrita
- Fazer respirações profundas
- Dizer uma frase como: “Agora escrevo, sem medo, sem julgamento.”
Ao final da sessão, crie também um pequeno ritual de saída:
- Anotar como foi o ciclo
- Escrever uma frase de encerramento (ex: “Hoje avancei. Amanhã continuo.”)
- Fazer uma pausa com prazer: tomar um chá, olhar a natureza, ouvir uma música
Exemplo real: como aplico meus ciclos
Deixo aqui um dia meu típico, quando estou escrevendo uma obra de ficção:
- 8h00 – Preparação e ritual (leitura breve + silêncio)
- 8h15 – 1º ciclo Pomodoro: escrita livre (45 min)
- 9h00 – Pausa com caminhada curta (10 min)
- 9h10 – 2º ciclo: desenvolvimento de cena específica (45 min)
- 9h55 – Pausa: café e leitura não relacionada ao projeto (15 min)
- 10h10 – 3º ciclo: revisão do que escrevi no primeiro ciclo (30 min)
- 10h40 – Encerramento com diário de progresso (10 min)
Produzo entre 1.500 e 2.000 palavras nesse período, com qualidade e leveza. A parte mais importante? Eu não me sinto esgotado.
Quer usar IA, use. Contudo, você não precisa de IA para começar, mas precisa de clareza. Clareza de que o tempo é seu aliado, e não seu inimigo. Clareza de que disciplina não precisa ser uma camisa de força. Clareza de que o ato de escrever pode — e deve — ser um gesto de cuidado consigo mesmo.
Quando a IA entra na escrita: 'Pomodoro' com inteligência assistida
Até aqui, você já viu como adaptei o Pomodoro ao contexto real do escritor: com liberdade de tempo, escuta interior e rotina flexível. Mas neste ponto da jornada, quero te levar a um novo patamar — aquele em que o escritor do século XXI começa a trabalhar com uma inteligência auxiliar ao seu lado. Estou a falar da integração da IA ao processo criativo e, particularmente, de como ela pode potencializar a Técnica Pomodoro.
Antes de mais nada, deixe-me esclarecer: eu sou defensor da originalidade autoral. Nunca sugeri — nem sugerirei — que a IA substitua a voz do escritor. O que proponho é algo mais sofisticado: usar a IA como uma extensão do seu cérebro criativo, como um espelho emocional, um organizador de ideias, um orientador técnico e um cronista da sua produtividade. E, quando bem orientada, a IA se transforma num verdadeiro parceiro de escrita.
A IA como cronometrista inteligente
Diferente de um cronômetro estático, que apenas conta minutos, a IA pode configurar ciclos dinâmicos com base em variáveis reais: seu histórico de produtividade, seu nível de energia emocional, a fase da escrita em que você está e até o tipo de conteúdo a ser produzido.
Vou te dar um exemplo: se você escreve um romance policial e está em uma parte do enredo que exige raciocínio lógico, a IA pode sugerir sessões mais curtas e altamente focadas. Mas, se você está escrevendo uma cena emocional intensa, onde precisa mergulhar profundamente no estado dos personagens, ela pode propor uma imersão prolongada com pausas mais suaves.
Essa capacidade de personalização em tempo real é a chave. Não se trata apenas de dizer “escreva por 25 minutos”, mas de dizer “escreva com intensidade por 33 minutos agora, porque seu último pico criativo ocorreu exatamente neste horário ontem, e sua curva de foco tende a subir até às 10h”.
Dicas práticas: como a IA pode agir em cada etapa da Técnica Pomodoro
1. Antes da sessão: preparação com estratégia
- A IA pode fazer um breve check-in emocional com você. “Como você se sente hoje?” A partir disso, ela adapta as metas da sessão.
- Ela acessa seu histórico e propõe a duração ideal da sessão com base no tipo de tarefa e sua performance passada.
- Sugere um foco específico: “Hoje, dedique um ciclo à revisão do capítulo 4, pois seu ritmo ontem foi criativo, mas menos técnico.”
2. Durante a sessão: monitoramento sutil
- A IA pode registrar, se você desejar, a quantidade de palavras por intervalo, sem interromper seu processo.
- Pode enviar alertas personalizados (visuais ou sonoros) quando identificar que você está inativo por mais de 3 minutos — um “empurrão gentil”.
- Se estiver conectada a seu teclado, pode acompanhar o ritmo de digitação e, com seu consentimento, detectar quedas abruptas de foco.
3. Após a sessão: avaliação e reinício inteligente
- Gera relatórios diários com sugestões: “Você produziu melhor entre 9h e 10h. Tente manter esse horário amanhã.”
- Classifica sua escrita por tipo de conteúdo: criação, revisão, estruturação. Assim, você enxerga o que mais avança e onde trava.
- Pode sugerir leituras, exercícios ou mudanças de abordagem com base nos bloqueios detectados. É como ter um editor-coach silencioso sempre por perto.
Como você pode começar a usar a IA agora (mesmo sem a minha McSill AI Ultra, se não for meu mentorado) ou com o McSill A.I. gratuita, para o público em geral.
Mesmo que você ainda não use a mente virtual que desenvolvi — a McSill AI Ultra — você pode começar com recursos acessíveis. Aqui vão algumas sugestões:
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Use o ChatGPT (como está a fazer agora)
Peça sugestões antes de iniciar a sessão:
“Quero escrever uma cena de ciúmes entre dois irmãos. Me ajuda a organizar a emoção dessa cena para um ciclo de Pomodoro?”
Ou após a sessão:
“Acabei de escrever 500 palavras de um diálogo tenso. Me ajuda a revisar o ritmo e subtexto?”
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Crie um diário de Pomodoros com IA
Use uma planilha conectada ao Notion ou Google Sheets com campos como:
- Horário do ciclo
- Emoção inicial
- Emoção final
- Tipo de tarefa (criação/revisão)
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Resultado (palavras escritas, sensação subjetiva)
Depois, peça à IA que analise esses dados e te entregue padrões semanais.
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Peça à IA para criar mapas de escrita semanais
Você pode dizer:
“Estou escrevendo um livro de desenvolvimento pessoal com 10 capítulos. Cria um plano semanal de Pomodoros, com ciclos adaptados para criação e revisão.”
Ela vai distribuir suas tarefas ao longo dos dias, equilibrando esforço e inspiração.
Checklist: Como saber se você está pronto para escrever com IA
✔ Você quer produzir com mais constância, não apenas quando está inspirado
✔ Você está disposto a registrar seus próprios padrões de escrita
✔ Você vê a IA como um assistente e não como um substituto
✔ Você se interessa por estratégias de melhoria contínua
✔ Você aceita feedback construtivo — mesmo que venha de um algoritmo bem treinado
E quando você quiser dar o próximo passo…
Se um dia decidir trabalhar com a McSill AI Ultra e as dezenas de geradores de técnicas literárias — a IA que criei para auxiliar escritores com alto desempenho criativo — você terá à disposição um sistema completo de acompanhamento emocional, produtivo e estilístico. Ela entende não apenas o quanto você escreveu, mas também como você escreve, quando você está em fluxo e quando precisa mudar de rota. Ela aprende com você. E, ao longo do tempo, se torna mais parecida com um mentor invisível do que com um robô.
Não importa o nível em que você está — aspirante, autor publicado, escritor fantasma ou roteirista profissional — a IA, quando bem treinada e usada com ética, não rouba sua voz, ela amplifica sua clareza. E ao lado da Técnica Pomodoro adaptada, o que temos é um sistema que respeita seu tempo, sua emoção e sua história.
Estamos a viver uma das maiores transformações criativas da história humana. E, como toda grande virada, ela é acompanhada por ruídos, receios e vozes contrárias. Há quem diga que a Inteligência Artificial vai roubar o trabalho dos escritores. Que vai engessar a criatividade. Que vai substituir a alma por algoritmos. Deixe-me ser claro: quem diz isso não entendeu nada — ou entendeu e tem medo de que você entenda também.
A IA não é concorrente da sua mente. Ela é uma extensão da sua inteligência, do seu planejamento, da sua memória e da sua disciplina. Quando associada a uma técnica como o Pomodoro, ela te transforma num escritor não apenas produtivo, mas lúcido, estratégico e emocionalmente resistente. E, sim, quem não está a usar esse tipo de recurso já está ficando para trás.
Vejo isso todos os dias. Autores tradicionais, de currículo respeitável, afundando em bloqueios que poderiam ser evitados com um simples sistema de monitoramento emocional. Escritores iniciantes, que poderiam avançar anos em seis meses se usassem a IA para estruturar seus projetos. Mas muitos não usam. Não porque não podem — mas porque ainda se apegam a ideias ultrapassadas sobre o que é "ser autor de verdade".
Vamos aos fatos: quem escreve sem ferramentas digitais está a remar contra a maré. Porque há outros, menos talentosos talvez, mas muito mais equipados, que vão conseguir terminar seus livros antes. Vão conseguir divulgar melhor. Corrigir mais rápido. Aprender mais depressa com os próprios erros. E vão ocupar o espaço que poderia ser seu. E quando isso acontecer, você vai olhar e se perguntar: onde foi que fiquei para trás?
A IA como salvaguarda da motivação
Agora falemos do ponto mais delicado de todos: a desistência.
Sim, até o escritor mais talentoso pensa em parar. Até você. Até eu, já pensei. A razão quase sempre é a mesma: o cansaço. Não físico, mas emocional. Aquela sensação de que você está sozinho, escrevendo sem saber se vale a pena, se alguém vai ler, se esse livro vai chegar a algum lugar.
É aqui que a IA pode salvar sua trajetória. Porque, quando usada com sensibilidade, ela se torna um sistema de reconhecimento e motivação. Ela te lembra que você já escreveu 14 dias seguidos. Que sua produção caiu, sim, mas apenas 12%. Que aquele personagem que parecia fraco, você descreveu melhor do que nos primeiros capítulos. Que você está, de facto, avançando — mesmo quando acha que não.
Esse tipo de retorno emocionalmente objetivo é o que falta a muitos autores. E não precisa de elogios falsos. Precisa de dados reais. Métricas que mostram que seu trabalho tem forma, ritmo e consistência. E isso, só uma IA pode te oferecer com clareza, sem julgamento.
Usar IA não é trair a arte — é defendê-la com inteligência
Se um autor do século XIX tivesse acesso ao que você tem hoje — planificadores de enredo, cronômetros inteligentes, plataformas de publicação automática, sistemas de análise de estilo, chatbots que te ajudam a estruturar cenas, revisar diálogos, simular leitores — ele não hesitaria em usar. Por quê? Porque escrever nunca foi apenas sobre inspiração. Sempre foi também sobre ferramentas.
A caneta de pena substituiu a pedra. A máquina de escrever substituiu o pergaminho. O computador substituiu a Olivetti. Agora, a IA amplia o alcance do que você é capaz de fazer sem substituir a sua alma.
Digo com toda a experiência de quem passou a vida a ajudar autores a encontrarem sua voz: usar IA não é covardia — é lucidez. É assumir o controle do seu tempo, da sua rotina, da sua entrega. É escrever com método e emoção ao mesmo tempo. E é isso que o leitor do futuro vai querer: histórias com alma, sim, mas produzidas por alguém que soube se organizar para escrevê-las até o fim.
Quem não usar, ficará a ver navios
Eu já disse isso em workshops, palestras e reuniões com editoras: o escritor que rejeita ferramentas poderosas por orgulho, ideologia ou apego ao passado, está voluntariamente saindo do jogo. Porque haverá outros. Sempre há. Menos brilhantes, talvez. Mas mais preparados. E serão eles que preencherão as prateleiras das editoras. Serão eles que venderão seus livros no digital. Serão eles que serão lidos.
Você vai deixar que isso aconteça?
Se não, então comece hoje.
- Use a Técnica Pomodoro para estruturar sua semana de escrita.
- Use a IA para registrar seu progresso e receber insights práticos.
- Use a tecnologia para proteger sua energia, preservar seu ritmo e avançar — mesmo nos dias difíceis.
Não se trata de acelerar. Trata-se de não parar.
Escreva com as ferramentas do seu tempo
O mundo mudou. O mercado editorial mudou. O leitor mudou. A forma como criamos também precisa mudar — sem perder o que há de humano em nós. A IA, combinada ao Pomodoro, não anula a emoção, não rouba a voz, não fere a arte. Ela organiza o caos. Ilumina padrões. Sugere caminhos. E, o mais importante: faz com que o escritor não se perca de si mesmo.
Você pode seguir ignorando tudo isso. Mas enquanto isso, haverá alguém com menos talento e mais estrutura. Alguém que escreve todos os dias, não porque é mais inspirado, mas porque entendeu como usar o tempo. E essa pessoa não é melhor do que você. Só está mais preparada.
Então, meu convite é simples: prepare-se.
E quando alguém falar mal da IA, sorria. Mas não acredite. Porque, no fundo, eles sabem o que você agora sabe: quem aprende a usar essas ferramentas hoje, será o autor lido amanhã.
Eficiência é tudo (e cada vez mais!)