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POR QUE TANTAS PESSOAS CAEM EM PROMESSAS VAZIAS E REALIDADES AMARGAS?

O "Autor"

João sempre sonhou em ser escritor. Desde pequeno, preenchia cadernos com histórias, rabiscava ideias e se imaginava, um dia, em uma livraria folheando um livro com seu nome estampado na capa. Então, quando recebeu um e-mail dizendo que poderia ser um "autor publicado" em uma antologia de novos talentos, com evento de lançamento e status de "best-seller", ele não hesitou. Depositou R$ 1.500, enviou um conto que considerava promissor e começou a sonhar com a noite de autógrafos.

A promessa era tentadora: “Venha fazer parte da mais prestigiada antologia do país!” Os organizadores garantiam uma edição luxuosa, marketing profissional e uma noite inesquecível. Mas, meses depois, quando João finalmente recebeu seus exemplares, percebeu uma verdade incômoda: o livro não estava nas livrarias, não havia distribuição real, e a única venda garantida era para os próprios autores. Pior, os textos de muitos coautores pareciam mal revisados, como se tivessem sido aceitos sem critério algum. O “best-seller”? Uma ilusão gerada por um punhado de compras organizadas na categoria mais obscura de um marketplace online.

João não foi o primeiro e não será o último.

As antologias pagas surgiram como uma oportunidade para escritores iniciantes terem suas histórias publicadas. Mas, na maioria dos casos, o modelo beneficia apenas os organizadores. O esquema é simples: cada autor paga uma taxa de participação que cobre os custos de impressão e gera lucro imediato para os organizadores, independentemente da qualidade do livro ou do sucesso das vendas.

A lógica é cruel. Os autores, esperançosos, compram exemplares para revender, mas encontram dificuldades porque o livro não tem demanda real. O público-alvo é limitado – geralmente, amigos e familiares dos próprios escritores. Sem uma estratégia de distribuição ou promoção séria, o livro cai no esquecimento poucos meses depois do lançamento. E o autor, que esperava ganhar visibilidade, percebe que sua “publicação” é irrelevante para o mercado editorial.

Os organizadores dessas antologias não são amadores em marketing. Pelo contrário, dominam a arte da persuasão emocional. Algumas das estratégias comuns incluem: gatilhos emocionais, como “Realize seu sonho de ser autor!” e “Não perca essa chance única!”, projetados para fazer o aspirante a escritor agir por emoção, não por lógica; escassez artificial, com frases como “Restam apenas 5 vagas!”, quando na realidade as vagas só se esgotam quando a planilha financeira fecha no azul; autoridade fabricada, com uso de selos genéricos, prêmios sem critério e rankings manipulados para criar a ilusão de credibilidade; e evento de lançamento como isca, planejado para deslumbrar os participantes, criando uma experiência emocional forte que mascara a falta de impacto real do livro.

O mercado está repleto de histórias de escritores que participaram de antologias e se sentiram enganados. Mariana, por exemplo, tentou vender seus exemplares, mas percebeu que ninguém fora de seu círculo queria comprá-los. O livro não tinha distribuição, e a única visibilidade foi para outros coautores, igualmente frustrados. Ricardo comprou sua própria cota de livros e, com o suporte dos outros autores, conseguiu um selo de “best-seller” na categoria de “contos fantásticos de novos autores brasileiros” em uma plataforma. Um título pomposo, mas sem leitores reais. Já Antônio participou de três antologias diferentes, cada uma com promessas mais grandiosas. Depois de perceber que gastou mais do que ganhou, decidiu se autopublicar e finalmente conseguiu leitores reais.

Se o objetivo é publicar um livro e construir uma audiência, existem caminhos mais eficazes do que pagar para participar de uma antologia. Uma alternativa é investir em um livro solo, com revisão profissional, boa capa e estratégia de lançamento, pois isso pode ser mais custoso, mas é um investimento real na carreira. Outra opção é participar de antologias curadas, organizadas por editoras sérias, que selecionam textos por qualidade e não cobram dos autores. Além disso, construir uma presença online, publicando contos em plataformas digitais e interagindo com leitores e outros escritores, pode trazer mais resultados do que ter o nome perdido em uma coletânea sem impacto.

Ao fim da experiência, João percebeu que não precisava de uma antologia para ser escritor. Precisava de leitores. O nome na capa não significa nada se o livro não chega ao público certo. A verdadeira pergunta que todo autor iniciante deve se fazer é: o que vale mais, um nome estampado em qualquer lugar ou um livro que realmente faz diferença? A decisão é de cada um. Mas, como diz um velho ditado: “Não é porque o queijo é de graça que a ratoeira é um bom negócio.”

Mas o pior vem agora...

Negócios Só Para o Próprio Criador?

Ao longo das minhas cinco décadas trabalhando com storytelling e desenvolvimento de negócios, já vi de tudo: ideias geniais que morreram por falta de execução e ideias medíocres que prosperaram porque foram embaladas com marketing brilhante. Mas se tem algo que sempre me chamou a atenção é a ascensão dos cursos milagrosos de "como abrir seu negócio do zero", um fenômeno que cresce na internet como erva daninha. A promessa é simples e irresistível: em poucas semanas, você aprenderá a construir um império, sem riscos, sem necessidade de experiência, apenas seguindo um método revolucionário. E o resultado? Normalmente, o único negócio lucrativo que realmente se forma é o do próprio criador do curso.

O modelo é tão previsível que se tornou um padrão. Um jovem empreendedor, muitas vezes com pouca ou nenhuma experiência real no setor, surge com um método infalível. Ele jura que descobriu um atalho secreto para a liberdade financeira. O marketing é afiado, usando termos como "sete passos", "fórmula testada", "método exclusivo". O que pouca gente percebe é que a única coisa sendo ensinada ali, na maioria dos casos, é como vender o próprio curso para outras pessoas. O cliente paga para aprender a vender um método que consiste, basicamente, em vender o mesmo curso para mais gente.

Isso me lembra uma história que ouvi há anos, sobre uma suposta técnica infalível de captura de peixes. Um homem vendia um curso caríssimo garantindo que qualquer um poderia aprender seu método revolucionário de pesca. Quando os alunos se inscreviam, descobriam que a técnica consistia em ensinar outros a vender o mesmo curso para mais pescadores. Nenhum peixe era pego, mas muito dinheiro trocava de mãos. A ironia é que esse modelo não se limita à pesca, mas permeia diversos setores hoje, especialmente no mundo digital.

O que mais me preocupa nesses cursos não é apenas o dinheiro que as pessoas gastam, mas a falsa segurança que eles geram. Muitos alunos saem acreditando que estão prontos para empreender, mas não fazem ideia dos desafios reais que enfrentarão. Poucos cursos ensinam sobre fluxo de caixa, burocracia, impostos, concorrência, diferenciação de mercado, gestão de equipe. Em vez disso, focam em criar uma ilusão de competência, onde bastaria "acreditar em si mesmo" e "seguir o passo a passo" para o sucesso ser garantido. Empreender é mais complexo que isso. Se fosse tão fácil, estaríamos rodeados de bilionários autodidatas.

A grande armadilha desses cursos está em como são estruturados. Tudo gira em torno da promessa de um atalho. E atalhos são sedutores porque ninguém quer trilhar o caminho árduo do aprendizado real. Quem já construiu algo sólido sabe que não existe um único método mágico. Existem princípios, estratégias testadas, sim, mas não um roteiro pronto que funcione para qualquer pessoa, em qualquer contexto. Quando vejo um curso prometendo "o mapa definitivo para o sucesso", meu alerta se acende. Negócios não são receitas de bolo.

O mais curioso é que os melhores empreendedores que conheci na vida não começaram comprando cursos milagrosos. Eles aprenderam na prática, observando, testando, ajustando. Muitos até consumiram bons conteúdos educativos, mas sempre com espírito crítico. Entenderam que nenhum método substitui experiência, networking e resiliência. A diferença entre os que prosperam e os que ficam pelo caminho não está em um atalho secreto, mas na capacidade de errar, aprender e continuar.

Se realmente quer abrir um negócio, foque primeiro nos fundamentos. Estude gestão, finanças, marketing real (não só o de venda de cursos), comportamento do consumidor. Aprenda sobre o produto ou serviço que deseja oferecer. Se puder, busque mentores que tenham experiência concreta, não apenas discursos motivacionais. E, acima de tudo, entenda que empreender é um jogo de longo prazo, onde paciência e adaptação valem mais do que qualquer fórmula mágica.

Ao final do dia, o melhor curso sobre negócios é o próprio mercado. É a experiência adquirida na prática, lidando com desafios reais, ouvindo clientes, ajustando estratégias. O problema é que isso dá trabalho, e muita gente prefere a ilusão do caminho fácil. Mas, como digo sempre: se um método garantisse riqueza rápida, você acha mesmo que o criador do curso estaria vendendo-o por algumas parcelas no cartão? Ou será que ele estaria em uma ilha paradisíaca, aproveitando a própria fórmula mágica?

Da Palestra Motivacional ao Vazio Pessoal

Trabalhando com mentoria de autores, roteiristas / guionistas, dramaturgos, copywriters e empresários, aprendi a reconhecer um bom enredo quando vejo um. E também aprendi a reconhecer enredos ruins, repetitivos, previsíveis – e, pior, enganosos. O mundo dos cursos “transformacionais” é um desses casos. Se há algo que se vende melhor do que a promessa de riqueza fácil, é a promessa de transformação instantânea. E é aqui que entram os grandes espetáculos das palestras e eventos que garantem mudanças de vida, mas que, na realidade, são cuidadosamente roteirizados para deixar as pessoas emocionalmente exaustas e psicologicamente vulneráveis – e, claro, com a carteira aberta.

A mecânica desses eventos é sempre a mesma. Começa com uma música impactante, uma iluminação estrategicamente planejada e uma plateia sedenta por mudanças. O palestrante sobe ao palco, muitas vezes com uma entrada digna de uma estrela do rock, e a primeira coisa que faz é nos convencer de que ele já esteve onde estamos. Ele era um fracassado, um endividado, um rejeitado – até que descobriu O Método. E agora, ele está ali, generosamente compartilhando essa sabedoria conosco.

O que acontece depois segue um script muito bem estudado: um momento de vulnerabilidade pública, quando um participante chora no microfone e é acolhido pelo palestrante como se fosse um mestre espiritual; uma rodada de gritos de empoderamento ("Eu sou capaz! Eu posso!"); e, no auge da euforia coletiva, a grande revelação: a verdadeira transformação virá se você continuar nessa jornada, adquirindo o próximo curso, a mentoria especial ou a imersão exclusiva – tudo por um preço simbólico, claro.

O problema é que esses eventos vendem emoções passageiras como se fossem mudanças reais. A catarse coletiva gera uma sensação intensa de revelação e progresso, mas, quando o participante volta para casa, a euforia se esvai e a vida continua exatamente a mesma. O único traço duradouro da experiência é o rombo no cartão de crédito.

Eu já vi pessoas gastarem fortunas nesse ciclo vicioso. Elas saem de um evento sentindo-se no topo do mundo, mas, semanas depois, percebem que nada realmente mudou. E o que fazem? Inscrevem-se em outro evento, convencidas de que precisam "reabastecer" sua energia transformacional. É uma dependência emocional, um vício em motivação que nunca se traduz em mudanças concretas.

Sei que, para algumas pessoas, pode ser difícil aceitar isso. Afinal, ninguém gosta de admitir que foi enganado. Mas a verdade é que mudança real não vem de um fim de semana emocionante nem de um curso intensivo. Crescimento exige prática, enfrentamento de desafios, esforço contínuo. É um processo, não um espetáculo.

Então, se estás à procura de transformação verdadeira, desconfia de qualquer método que prometa resultados instantâneos. Em vez de gastar dinheiro com gritos motivacionais e luzes piscando, investe em aprendizado real, em habilidades concretas, em desenvolvimento pessoal que não dependa de truques psicológicos para funcionar.

Lembra-te: uma palestra bem-produzida pode te fazer sentir invencível por algumas horas, mas se o único efeito duradouro dela for um recibo de pagamento, talvez seja hora de reavaliar o que realmente te transforma.


Expectativas Que Nunca Serão Entregues

Se há algo que aprendi na lida diária com histórias e negócios, é que a promessa de um futuro brilhante vende mais do que a realidade de um presente difícil. E é exatamente isso que muitos cursos, eventos e programas “transformacionais” fazem: vendem expectativas impossíveis de serem entregues. O truque é simples – criar uma promessa vaga e emocionalmente envolvente, de preferência algo impossível de medir objetivamente.

Um dos exemplos mais comuns são cursos que garantem “dobrar sua renda em 90 dias” ou “se tornar um líder inspirador”. Mas como se mede a inspiração? Como se garante o aumento de renda sem levar em conta variáveis como mercado, concorrência e habilidades individuais? A resposta é: não se garante. O segredo dessas promessas é que elas colocam o peso da responsabilidade no comprador. Se o método falhar, a culpa nunca será do curso, mas sim da “falta de comprometimento” do aluno.

Conheci um jovem que pagou uma fortuna para participar de um evento de “networking com investidores”. O material promocional dizia que grandes investidores estariam presentes, dispostos a ouvir ideias inovadoras. Quando ele chegou, percebeu que os “investidores” eram apenas outros participantes que também tinham pagado para estar lá, todos em busca de dinheiro. Nenhum investimento foi feito, mas o organizador lucrou milhões.

Outro caso clássico foi o de um curso que prometia ensinar qualquer um a “ganhar dinheiro online de forma garantida”. Centenas de pessoas compraram, assistiram às aulas e, no final, descobriram que o grande segredo era... revender o próprio curso para mais pessoas. Uma pirâmide disfarçada de treinamento.

A estratégia de inflacionar expectativas funciona porque joga com os desejos humanos mais profundos – estabilidade financeira, reconhecimento, propósito. Mas a verdade é que nenhum curso pode prometer resultados grandiosos sem esforço real. A pergunta que todo comprador deve se fazer é: se esse método fosse tão infalível, por que o criador do curso não está usando-o para enriquecer em vez de vendê-lo para você?


A Ilusão e a Realidade

Ao longo dos anos - sim, tenho 69 anos -, testemunhei muitos modelos de negócios e estratégias de vendas surgirem e desaparecerem, algumas legítimas e inovadoras, outras construídas sobre promessas vazias. A verdade é que vivemos em uma era onde vender uma ideia é mais fácil do que vendê-la com resultados concretos. O que mais vejo são produtos e serviços criados apenas para alimentar um ciclo de consumo contínuo, onde o cliente nunca recebe o valor real pelo que pagou e sempre é incentivado a investir em uma nova promessa. Mas como diferenciar um investimento válido de uma ilusão bem-embalada? Vamos explorar com detalhes e, no fim, oferecer um conjunto de dicas práticas para você evitar cair nessas armadilhas.

A chave desses negócios é criar e vender expectativas. Um curso que promete dobrar sua renda, uma antologia que garante projeção internacional, um evento que diz que transformará sua mentalidade são produtos que, muitas vezes, vendem mais a ideia do que a entrega em si. E essa estratégia é incrivelmente eficiente porque mexe diretamente com a emoção e o desejo de mudança rápida que temos.

Os criadores desses esquemas sabem que as pessoas não compram um curso de negócios apenas pelo conhecimento técnico, mas sim pela esperança de que suas vidas mudarão rapidamente. Sabem que um autor iniciante não quer apenas ver seu nome na capa de um livro, mas deseja reconhecimento e leitores. Sabem que alguém que paga por um evento transformacional está buscando uma revolução na vida pessoal e profissional. Quando a venda é feita corretamente, a ilusão de progresso substitui a necessidade de um resultado real. E aí está o problema: o aprendizado ou a mudança real levam tempo e esforço.

Como Identificar a Promessa Vazia

Se um produto ou serviço depende mais de marketing emocional do que de uma proposta clara e lógica, isso já é um indicativo de alerta. Mas há sinais ainda mais evidentes de que você pode estar diante de uma promessa vazia:

  1. Promessas irreais ou genéricas - Frases como "Mude sua vida em 30 dias", "Torne-se um best-seller instantâneo", "Dobre seu faturamento sem esforço" são altamente sedutoras, mas escondem o fato de que a mudança real exige muito mais que um curso ou um evento.
  2. Ênfase exagerada no storytelling do vendedor - Muitos desses esquemas dependem do carisma do criador. Ele conta sua própria jornada miraculosa, desde a miséria até o sucesso absoluto, dando a entender que basta seguir seus passos para alcançar o mesmo resultado.
  3. Excesso de gatilhos emocionais - Eventos e cursos desse tipo costumam abusar de técnicas psicológicas para levar os participantes a um estado de euforia e vulnerabilidade. Música alta, vídeos inspiradores, depoimentos emocionantes e dinâmicas de grupo criam um ambiente onde a decisão de compra se torna impulsiva.
  4. Falta de clareza sobre o conteúdo entregue - Se um curso ou evento promete mudanças extraordinárias, mas não deixa claro quais habilidades, ferramentas ou conhecimentos serão ensinados, há grandes chances de que o valor real seja muito inferior ao prometido.
  5. Escassez artificial - Expressões como "Última chance!", "Vagas limitadas!", "Nunca mais será oferecido a esse preço!" servem para pressionar a compra imediata. Na prática, são apenas estratégias para criar sensação de urgência e evitar que você tenha tempo para analisar a proposta racionalmente.

Como Se Proteger?

Agora que entendemos como esses modelos funcionam, é hora de explorar formas práticas de evitar cair nessas armadilhas e investir em experiências e produtos que realmente valham a pena.

1. Pesquise Antes de Comprar

Nunca compre um curso, evento ou antologia sem antes pesquisar sobre a reputação da empresa ou do organizador. Busque avaliações de participantes anteriores, mas cuidado: muitos depoimentos positivos podem ser controlados pelo próprio vendedor. Prefira fóruns independentes, redes sociais e plataformas de análise.

2. Pergunte-se: "O que exatamente estou comprando?"

Antes de investir em algo, questione-se: qual é o conhecimento ou ferramenta concreta que estou adquirindo? Se a resposta for vaga, como "mudança de mindset" ou "acesso a uma rede de contatos exclusiva", talvez não valha o preço.

3. Evite Tomar Decisões Sob Pressão

Sempre desconfie de qualquer oferta que exija uma decisão imediata. Se um produto é bom e tem valor real, ele não precisa ser empurrado com urgência. Tome seu tempo para avaliar se aquilo realmente faz sentido para você.

4. Analise se Há um Caminho Sustentável Para o Sucesso

Se um curso ou evento vende a ideia de que a única forma de obter sucesso é continuar comprando produtos adicionais, provavelmente você está em um ciclo de consumo artificial. O conhecimento real permite autonomia, e não dependência contínua.

5. Avalie se o Criador do Produto Aplica o Que Ensina

Se alguém vende um método milagroso para enriquecer, pergunte-se: ele enriqueceu vendendo esse método ou aplicando-o de verdade? Se um curso ensina a construir um negócio lucrativo, pesquise se o instrutor tem empresas de sucesso além da venda do próprio curso.

6. Foque na Construção de Conhecimento de Longo Prazo

O verdadeiro crescimento vem do aprendizado contínuo e da prática. Em vez de buscar soluções instantâneas, invista em materiais sólidos, livros, cursos bem avaliados e mentorias de profissionais com histórico comprovado.

7. Use o Ceticismo a Seu Favor

Não tenha medo de questionar. Se uma oferta parece boa demais para ser verdade, investigue. Faça perguntas difíceis ao vendedor, peça detalhes específicos sobre o conteúdo, e veja como ele reage. Um profissional sério não terá problemas em fornecer respostas diretas e transparentes.


Sucesso Sólido e Duradouro

Se há algo que diferencia os que realmente prosperam dos que ficam pelo caminho, é a mentalidade de longo prazo. O mercado está repleto de atalhos brilhantes, promessas vazias e soluções rápidas que encantam no início, mas frustram no final. No entanto, há um grupo seleto de profissionais que não apenas resiste a essas tentações, como constrói uma reputação sólida, um legado autêntico e resultados reais. E não é porque encontraram uma fórmula secreta – é porque entenderam que não há substituto para competência, consistência e credibilidade.

Um bom profissional não para de aprender. Ele compreende que, em qualquer área, a evolução nunca cessa e que o conhecimento de hoje pode ser obsoleto amanhã. Mas, mais do que consumir informações, ele sabe aplicá-las. Livros, cursos, mentorias e eventos são apenas ferramentas – o que realmente faz diferença é como esse aprendizado se traduz em ações concretas.

É fácil perceber a diferença entre quem realmente se dedica ao estudo e quem apenas consome conteúdo sem reflexão crítica. O profissional sério não se limita a repetir frases motivacionais, ele questiona, testa, ajusta e aprimora continuamente suas habilidades.

Portanto, o verdadeiro profissional não promete o que não pode entregar. Ele respeita seus clientes, alunos e parceiros, oferecendo soluções reais e sendo transparente sobre os desafios do caminho. Em vez de vender atalhos ilusórios, ele orienta sobre o esforço necessário, deixando claro que não há sucesso sem dedicação. É por isso que os melhores do mercado não precisam forçar vendas ou criar estratégias manipulativas para convencer. Sua credibilidade já é suficiente. Clientes satisfeitos se tornam divulgadores naturais do seu trabalho porque reconhecem o valor que receberam. A verdadeira autoridade não se constrói com discursos bem elaborados, mas com resultados consistentes. É fácil perceber um profissional confiável quando seu histórico fala por ele. Seus clientes alcançam melhorias reais, suas metodologias são eficazes e sua reputação se fortalece com o tempo.

Em contraste, os falsos especialistas vivem de autopromoção. Estão sempre anunciando “o método definitivo” ou a “solução que mudará sua vida”, mas sem provas concretas de que suas promessas realmente funcionam. Seus depoimentos são forçados, seus resultados são vagos e, no final, sua presença no mercado é efêmera. O profissional competente, por outro lado, não precisa gritar para ser ouvido. Seu trabalho fala por si. Ele não busca vender ilusões, mas criar impacto real, e por isso seus clientes retornam e recomendam.

O Poder do Tempo e da Paciência

Nenhum grande profissional se fez da noite para o dia. Os que realmente prosperam entendem que cada degrau precisa ser conquistado e que o tempo é um aliado, não um inimigo. Eles não buscam atalhos porque sabem que os atalhos custam caro no futuro – seja na reputação, na falta de preparo ou na incapacidade de sustentar o sucesso.

Aqueles que se jogam no frenesi dos métodos rápidos frequentemente desaparecem tão rápido quanto surgiram. Mas os que constroem suas bases com solidez e paciência resistem a crises, mudanças de mercado e novas tendências passageiras. Eles se adaptam sem perder a essência, porque sua fundação é firme.

A sedução das promessas fáceis sempre existirá. Em um mundo onde a pressa e a ansiedade por resultados rápidos dominam, muitos continuarão a cair em armadilhas disfarçadas de oportunidades únicas. Mas você não precisa ser um deles. O verdadeiro sucesso vem do esforço consistente, da experiência acumulada e do aprendizado sólido. Em vez de buscar atalhos que apenas drenam tempo e dinheiro, invista em seu crescimento de forma consciente e realista. Pergunte-se sempre: estou adquirindo um conhecimento duradouro ou apenas comprando uma sensação temporária de progresso?

Construa sua base com dedicação, pratique diariamente as habilidades que deseja aprimorar e procure mentores que tenham experiências reais, não apenas discursos convincentes. O aprendizado sustentável se baseia na repetição, no ajuste e na aplicação prática, não na emoção momentânea de um evento bem-produzido. Lembre-se: o mundo está cheio de pessoas vendendo ilusões. Mas a decisão de comprar – ou não – sempre será sua. Os atalhos podem parecer tentadores, mas é o caminho bem trilhado que leva aos resultados duradouros.  E quando a poeira das promessas vazias baixar, os verdadeiros profissionais continuarão de pé, construindo, aprendendo e prosperando. Seja um deles.


JAMES MCSILL 20 de fevereiro de 2025
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